sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Atividades e Participação em crianças com paralisia braquial obstétrica conforme a CIF-CJ

C o m u n i c a ç ã o   L i v r e

Resumo
 
Atividades e Participação em crianças com paralisia braquial obstétrica conforme a CIF-CJ

Kátia Neves Pereira
Maria João Trigueiro

Introdução
A literatura descreve as consequências da Paralisia Braquial Obstétrica até aos três anos, realçando a intervenção precoce. Com este estudo de caso pretendeu-se compreender as consequências da Paralisia Braquial Obstétrica na funcionalidade, dos seis aos dez anos, tentando-se perceber se existem restrições na participação, segundo uma perspetiva dos pais e limitações nas atividades, segundo uma perspetiva do terapeuta ocupacional.
Metodologia
A amostra, retirada das crianças com processo clínico no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, constitui-se por quatro crianças dos sete aos dez anos que frequentam o 1.º Ciclo com diagnóstico de Paralisia Braquial Obstétrica. A recolha de dados realizou-se por entrevista semiestruturada e observação direta. A primeira foi aplicada aos cuidadores e a segunda à criança. O corpus do trabalho resulta das análises da observação e das entrevistas, cujos conteúdos foram vinculados à CIF-CJ.
Resultados e discussão
Relativamente à entrevista, os códigos mais atribuídos correspondem ao componente da CIF-CJ Atividades e Participação, sendo os mais utilizados relativos à utilização da mão e do braço e utilização dos movimentos finos da mão. Relativamente à análise dos vídeos, a atividade pior qualificada foi comer de faca e garfo, o código pior qualificado refere-se à utilização da mão e do braço e as atividades de vida diária são a área de ocupação onde existem mais limitações. Constatou-se que o terapeuta ocupacional, apesar incidir na funcionalidade em detrimento do rótulo da deficiência, centrou-se nas dificuldades e condição de saúde da criança. Por outro lado, os cuidadores, preocuparam-se maioritariamente com o desempenho, sendo para eles importante a funcionalidade.
Conclusão
Segundo a perspetiva do terapeuta ocupacional, existem claramente limitações em atividades que requerem a utilização do membro superior, existindo também, na perspetiva dos cuidadores, restrições na participação, nomeadamente, ao nível das atividades da vida diária, na escrita e em alguns aspetos do brincar.

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