sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Porque nos enganamos tanto quando olhamos para crianças? O lugar da Terapia Ocupacional

C o m u n i c a ç ã o   L i v r e

Resumo
 
Porque nos enganamos tanto quando olhamos para crianças? O lugar da Terapia Ocupacional

Conceição de Andrade
João Barreiros
Rita Cordovil
Introdução
As crianças de famílias com rendimentos baixos e a viver em zonas carenciadas têm tendência a sofrer mais lesões. Em Portugal existem 25% de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social, o que justifica uma intervenção preventiva em termos de segurança infantil em famílias mais vulneráveis (Associação para Promoção da Segurança Infantil, 2012). No dia a dia as crianças revelam comportamentos imprevisíveis que podem ser perigosos com inadequada supervisão. Os pais e os cuidadores têm um papel fundamental na percepção dos perigos e dos riscos. A literatura tem apontado como estratégia preventiva fundamental a supervisão do cuidador. O estilo de supervisão reflecte a percepção que o adulto tem relativamente à competência motora da criança e pode estar relacionada com ocorrência de lesões. Os recursos do cuidador nomeadamente as perceções, experiências e conhecimentos podem ser potencializados como estratégia preventiva.
Objectivo: Este estudo defende que o modelo teórico de Gibson acerca da percepção directa pode ser aplicado na supervisão parental, defendendo que a perceção dos pais relativamente às oportunidades de ação para as crianças no envolvimento é fundamental para a adequação das estratégias de supervisão.
Metodologia
Análise de estudos feitos pela Associação para Promoção da Segurança Infantil, estudos efectuados no âmbito da psicologia ecológica e da supervisão parental.
Conclusões
Testar os limites, faz parte do desenvolvimento e para atingir comportamentos com risco reduzido pode ser necessário permitir inicialmente comportamentos com margens mais elevadas de risco. Este estudo refere como uma das estratégias preventivas a usar, a capacitação dos cuidadores de competências para facilitar a percepção directa dos limites de ação do outro e promoção do afinamento perceptivo das crianças através de experiências exploratórias. A Terapia Ocupacional tem um importante papel junto dos pais na promoção de competências para a tomada de decisões em situações de risco sem limitar o desenvolvimento da criança.

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