sábado, 27 de outubro de 2012

Eficácia do Constrained Induced Movement Therapy, em utentes com sequelas de acidente vascular encefálico, até 9 meses | Artemiza Viana e Dora Fernandes


C o m u n i c a ç ã o   L i v r e

Resumo

Eficácia do Constrained Induced Movement Therapy, em utentes com sequelas de acidente vascular encefálico, até 9 meses

Artemiza Viana
Dora Fernandes

Introdução
O Acidente Vascular Encefálico é das principais causas de morte na sociedade contemporânea, provocando sequelas como as limitações do membro superior que dificultam o envolvimento em ocupações. O Constraint-Induced Movement Therapy, surge como uma abordagem que incrementa o uso do membro superior mais afetado.
Pretende-se verificar se existem melhorias na funcionalidade do membro superior mais afetado, analisar em que atividades da vida diária são visíveis melhorias funcionais e compreender se o maior envolvimento nas atividades diárias está diretamente relacionado com a melhoria na capacidade funcional.
Metodologia
A presente investigação trata-se de um estudo de casos múltiplos. Utilizou-se um questionário para recolha de dados pessoais e clínicos (amplitudes de movimento, dor e espasticidade); o Wolf Motor Function Test e o Action Research Arm Test para verificar a funcionalidade do membro superior mais afetado; e a Motor Activity Log que avalia o envolvimento em atividades da vida diária. O grupo é constituído por 3 utentes que sofreram um primeiro Acidente Vascular Encefálico até 9 meses de evolução, internados na Santa Casa da Misericórdia de Monção e que cumpriam os critérios de inclusão. O programa foi implementado três horas/dia, durante 10 dias, mantendo a restrição no membro superior menos afetado durante 90% do dia acordado. Face à metodologia adotada, analisou-se cada participante individualmente e verificou-se a diferença entre os resultados finais e iniciais para cada uma das variáveis.
Resultados/Discussão
Verificaram-se ganhos na amplitude de movimento, velocidade de execução e capacidade funcional do membro superior mais afetado, nomeadamente nas funções de preensão e pinça da mão, bem como se testemunhou minimização do fenómeno learned nonuse. Constataram-se ganhos funcionais em todos os participantes nas atividades da vida diária apesar de serem diferentes de participante para participante.
Conclusão
O Constraint-Induced Movement Therapy resulta em ganhos no desempenho ocupacional destes utentes, indicando um caminho alternativo a outras abordagens de reabilitação.

Palavras-Chave: Acidente Vascular Encefálico, Reabilitação, Constraint-Induced Movement Therapy, Atividades da vida diária, Membro superior.

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