domingo, 28 de outubro de 2012

Um olhar sobre os papéis ocupacionais dos idosos representados no cinema | Carla da Silva Santana em coautoria


C o m u n i c a ç ã o   L i v r e

Resumo
 
Um olhar sobre os papéis ocupacionais dos idosos representados no cinema

Carla da Silva Santana
Carolina Guimarães Belchior
Milton Pimentel Martins
Regina Yoneko D. Carreta

Introdução
O envelhecimento traz transformações importantes para toda sociedade. Diante disto, observa-se um aumento da produção cinematográfica referente à velhice, sendo vital identificar como o idoso tem sido representado nas produções midiáticas. Objetivos: identificar através dos personagens representados nos filmes, as modificações ocorridas nos papéis ocupacionais dos idosos.
Metodologia
Trata-se de um estudo documental e qualitativo. Foram pesquisados filmes lançados entre o janeiro/2000 e julho/2012. Os filmes foram classificados por gênero e aplicou-se a Lista de Papéis Ocupacionais (Role Check list).
Resultados e DiscussãoForam encontrados 113 filmes, destes 57 tinham um idoso como protagonista. Foram identificados os papéis perdidos, mantidos e incorporados na velhice, assim como os conflitos diante da mudança de papéis. Os papéis ocupacionais perdidos em geral são os de trabalhador, de cuidador dos filhos (esta mudança inaugura também uma transição para o papel de sujeito cuidado), marido/esposo principalmente devido à viuvez. Os papéis mantidos são os de familiar, de amigo e daquele que desenvolve passatempos. Os papéis adquiridos se referem ao de aposentado, de voluntário, de participante em sociedade, entre outros. Os personagens velhos são caracterizados de maneira negativa na maioria dos filmes analisados. As características mais prevalentes foram as de solitário, metódico, rabugento, tímido. Sendo assim, mostra-se que mídia reflete e reforça a visão negativa do idoso introspectivo, solitário. Conclusão: Os filmes tematizam a perda da capacidade funcional, a construção de novos relacionamentos, a chegada de doenças incapacitantes, a sexualidade na velhice, a aposentadoria e o desenvolvimento de novas habilidades e ocupações, entre outros e se mostram fontes ricas para o debate, para a sensibilização de
grupos de qualquer geração principalmente em contexto de intervenção de terapeutas ocupacionais principalmente em tempos de se pensar criticamente sobre o papel da mídia na co-educação de gerações e no imaginário social que se constrói sobre o idoso.

1 comentário:

  1. Boa noite,
    Gostaria muito de saber mais sobre esse trabalho, pois estou p aplicar o Role chek list, mas com servidores públicos da saúde em uma determinada atuação.
    Adorei saber,
    Parabéns
    Abraços
    Maribel de Brito
    Terapeuta Ocupacional
    Brasil

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