C o m u n i c a ç ã o L i v
r e
Resumo
Atividades
e Participação em crianças com paralisia braquial obstétrica conforme a CIF-CJ
Kátia Neves Pereira
Maria João Trigueiro
Introdução
A literatura descreve as consequências da Paralisia Braquial
Obstétrica até aos três anos, realçando a intervenção precoce. Com este estudo
de caso pretendeu-se compreender as consequências da Paralisia Braquial
Obstétrica na funcionalidade, dos seis aos dez anos, tentando-se perceber se
existem restrições na participação, segundo uma perspetiva dos pais e
limitações nas atividades, segundo uma perspetiva do terapeuta ocupacional.
Metodologia
A amostra, retirada das crianças com
processo clínico no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro,
constitui-se por quatro crianças dos sete aos dez anos que frequentam o 1.º Ciclo
com diagnóstico de Paralisia Braquial Obstétrica. A recolha de dados
realizou-se por entrevista semiestruturada e observação direta. A primeira foi
aplicada aos cuidadores e a segunda à criança. O corpus do trabalho resulta das análises da observação e das
entrevistas, cujos conteúdos foram vinculados à CIF-CJ.
Resultados
e discussão
Relativamente à entrevista, os códigos
mais atribuídos correspondem ao componente da CIF-CJ Atividades e Participação,
sendo os mais utilizados relativos à utilização da mão e do braço e utilização
dos movimentos finos da mão. Relativamente à análise dos vídeos, a atividade
pior qualificada foi comer de faca e garfo, o código pior qualificado refere-se
à utilização da mão e do braço e as atividades de vida diária são a área de
ocupação onde existem mais limitações. Constatou-se que o terapeuta
ocupacional, apesar incidir na funcionalidade em detrimento do rótulo da
deficiência, centrou-se nas dificuldades e condição de saúde da criança. Por
outro lado, os cuidadores, preocuparam-se maioritariamente com o desempenho,
sendo para eles importante a funcionalidade.
Conclusão
Segundo a perspetiva do terapeuta
ocupacional, existem claramente limitações em atividades que requerem a
utilização do membro superior, existindo também, na perspetiva dos cuidadores,
restrições na participação, nomeadamente, ao nível das atividades da vida
diária, na escrita e em alguns aspetos do brincar.
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