C o m u n i c a ç ã o L i v
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Resumo
Porque nos enganamos tanto quando
olhamos para crianças? O lugar da Terapia Ocupacional
Conceição de Andrade
João Barreiros
Rita Cordovil
Introdução
As crianças de famílias com rendimentos baixos e a
viver em zonas carenciadas têm tendência a sofrer mais lesões. Em Portugal existem 25% de pessoas
em risco de pobreza ou exclusão social, o que justifica uma intervenção
preventiva em termos de segurança infantil em famílias mais vulneráveis
(Associação para Promoção da Segurança Infantil, 2012). No dia a dia as
crianças revelam comportamentos imprevisíveis que podem ser perigosos com
inadequada supervisão. Os pais e os cuidadores têm um papel fundamental na
percepção dos perigos e dos riscos. A
literatura tem apontado como estratégia preventiva fundamental a supervisão do
cuidador. O estilo de supervisão reflecte a percepção que o adulto tem
relativamente à competência motora da criança e pode estar relacionada com
ocorrência de lesões. Os recursos do cuidador nomeadamente as perceções,
experiências e conhecimentos podem ser potencializados como estratégia
preventiva.
Objectivo: Este estudo defende que o modelo teórico de Gibson acerca da
percepção directa pode ser aplicado na supervisão parental, defendendo que a
perceção dos pais relativamente às oportunidades de ação para as crianças no
envolvimento é fundamental para a adequação das estratégias de supervisão.
Metodologia
Análise de estudos
feitos pela Associação para Promoção da Segurança Infantil, estudos efectuados
no âmbito da psicologia ecológica e da supervisão parental.
Conclusões
Testar os limites, faz
parte do desenvolvimento e para atingir comportamentos com risco reduzido pode
ser necessário permitir inicialmente comportamentos com margens mais elevadas
de risco. Este estudo refere como uma das estratégias preventivas a usar, a capacitação
dos cuidadores de competências para facilitar a percepção directa dos limites
de ação do outro e promoção do afinamento perceptivo das crianças através de
experiências exploratórias. A Terapia Ocupacional tem um importante papel junto
dos pais na promoção de competências para a tomada de decisões em situações de
risco sem limitar o desenvolvimento da criança.
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