Avaliação do desenvolvimento neuromotor do recém-nascido prematuro com o Test of Infant Motor Performance (TIMP)

Resumo

Avaliação do desenvolvimento neuromotor do recém-nascido prematuro com o Test of Infant Motor Performance (TIMP)

Cristina Duarte

Maria Graça Santos

Susana Almeida

Introdução

Os bebés prematuros, cuja sobrevida tem aumentado nas últimas décadas, têm  risco acrescido de apresentar alterações no desenvolvimento motor, cognitivo e/ou comportamental e consequentemente no desempenho ocupacional.

Em cerca de 10-15%, são alterações graves(paralisia cerebral ou outros défices major) mas em cerca de 50%, as alterações não são evidentes no primeiro ano de vida,  só em idades mais tardias. Estudos recentes têm demonstrado maior eficácia dos programas de intervenção, quando aplicados precocemente.

O TIMP, desenvolvido por terapeutas canadianos, avalia o desenvolvimento motor das 32 semanas aos 4 meses(idade corrigida).  Um bom resultado no TIMP (> -.5SD)aos 3 meses, tem 98% de probabilidade de ter um desenvolvimento motor normal.

 Para identificar crianças prematuras em risco, a Unidade de Reabilitação Pediátrica (HGO), iniciou (2010) a aplicação do TIMP.

Objetivo: avaliar os resultados da aplicação do TIMP e tipo de intervenção necessária em cada grupo.

Metodologia

Foram incluídas no estudo 44 crianças com PCA (idade pós concecional) <32 ao="ao" e="e" gr="gr" hgo="hgo" nascer="nascer" nascidas="nascidas" no="no" peso="peso" pn="pn" semanas="semanas" span="span" style="mso-spacerun: yes;">  

Teste aplicado por uma terapeuta ocupacional.

Todas as crianças foram avaliadas nos primeiros 4 meses (idade corrigida),  a avaliação filmada e  cotação  realizada por 2 profissionais (terapeuta ocupacional e medica fisiatra).De acordo com os resultados definiu-se a periodicidade de intervenção.

Resultados

 13 crianças (30%) dentro da média (acima de -0.5 SD),  12 crianças (27%) média baixa, 16 crianças (36%) abaixo da média e 3 (7%) muito abaixo da média.

Conclusão

O TIMP é um bom instrumento para desenvolver objetivos de intervenção e para orientar pais e cuidadores sobre o desenvolvimento das suas crianças.

As crianças com avaliação dentro da média(30%)  não necessitaram de intervenção; nas restantes (70%) foi possível implementar precocemente um programa de intervenção com periodicidade de acordo com o resultado do teste. Estudo irá continuar.